Estava lendo uma publicação no site do IG em que dizia sobre a existência de petróleo na região norte do Brasil, precisamente na Amazônia. Me pergunto: Desenvolvimento? Exploração? Riqueza? Pobreza? eis a questão;
Os olhos do mundo já estavam voltados para a amazônia, imagina agora com toda essa riqueza que possui, ressalto que riqueza essa, inestimável, não se sabe ao certo o poder de recursos naturais que a amazônia possui. Minha preocupação aumenta a cada dia..que futuro teremos....?
abaixo a publicação no site do IG:
Com 25 anos, a província petrolífera de Urucu mostra que é possível aliar extração de petróleo a preservação ambiental “Não tenho nenhuma dificuldade de explicar para a alta direção da Petrobras se tiver que fechar um poço produtor [de petróleo]. Mas eu não tenho como explicar um acidente ambiental aqui.” A frase de José Roberto Rodrigues, gerente de operações da Base de Operações Geólogo Pedro de Moura, seria natural em qualquer circunstância, mas ela ganha um significado especial quando se sabe a localização de seu trabalho: não se trata de nenhuma plataforma em alto mar, e sim na província de Urucu, no meio da floresta amazônica, na bacia do Rio Solimões, a 650 km de Manaus.
Este mês, a Petrobras faz 25 anos de atividades do campo que iniciou a extração de petróleo e gás natural em escala comercial na Região Norte. Atualmente, ele produz diariamente 11 milhões de metros cúbicos de gás e 54 mil barris de óleo e condensado, numa área de 350 km2. O transporte dessa produção acontece através de dutos que ligam o complexo ao terminal do Solimões, onde o material é embarcado para refinarias em Manaus.Mas é na prática ambiental que Urucu se destaca. Segundo Rodrigues, que trabalha na base desde praticamente o início de suas operações, a chegada dos técnicos na Amazônia mostrou era necessário entender onde estavam e como minimizar o impacto de suas atividades no local.
Para isso, eles se consultaram com um grupo de especialistas de várias instituições ligadas à pesquisa e preservação ambiental na Amazônia, como Museu Nacional, Fundação Oswaldo Cruz, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e ONGs e universidades do estado.
Por conta dessas recomendações, por exemplo, não há estradas ligando Urucu a nenhuma cidade. Todo o transporte de pessoas e carga é feito por avião, helicóptero ou rio, para evitar a criação de núcleos urbanos – a região é monitorada para evitar assentamentos.
A área a ser desmatada é estudada para ser recomposta após seu uso, com milhares de mudas de plantas nativas cultivadas no viveiro e no orquidário do complexo, com cerca de 140 espécies de plantas, no total. Já foram reflorestados cerca de 250 hectares.Foi montada uma rede de parcerias com universidades da região Norte e agências de fomento, e há descoberta de duas novas espécies de pesrcevejos, duas aves e um peixe na bacia do rio Urucu. Mais de 150 possíveis novas espécies estão sendo estudadas e sendo catalogadas.
O lixo orgânico é tratado dentro da própria unidade e o reciclado vai para Manaus. O esgoto doméstico passa por uma estação de tratamento e a água proveniente dos poços, 60 vezes mais salgada que a do mar e portanto não pode ser jogada no rio, é reutilizada no processo de extração. A base é auto-suficiente em energia: uma pequena usina termelétrica usa o gás natural dali mesmo para gerar eletricidade para toda a operação.
Luiz Antônio de Oliveira, pesquisador do Instituto de Pesquisa Amazônica e coordenador da rede CT Petro, projeto científico de conservação na Amazônia, afirma que o principal problema a ser controlado em Urucu é o desmatamento. Vale lembrar que a região tem quase 70 poços de petróleo comercializados. " Aqui o solo entra facilmente em erosão. A chuva é forte e a estrutura do solo é fraca, ele é facilmente lavado", disse. Oliveira, no entanto, afirma que dos cerca de 1.200 hectares desmatados em Urucu, falta recuperar apenas 100 hectares com projetos de reflorestamento. " O desmatamento em Urucu representa apenas 0,004% do desmatamento da Amazônia", disse.
Oliveira estuda microorganismos na região que podem contribuir para recuperar a área desmatada ou até quebrar petróleo oriundo de possíveis vazamentos. "Aqui é diferente do pré-sal, que ainda não tem tecnologia. Você vê o que aconteceu no Golfo do México. Aqui um vazamento seria controlado mais facilmente. Na floresta existem comunidades de microorganismos que quebram o petróleo", disse. Para Oliveira, é importante ressaltar que qualquer impacto ambiental que ocorresse em Urucu seria muito evidenciado por ser justamente na Amazônia.
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