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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Que cena essa que vi hoje,
cena esta que não esquecerei jamais.

Um olhar meigo, terno e sincero,
cheio de carinho, amor e sofrimento.

Um olhar pesado, cansado e sombrio,
que mostra quão velho ficamos.

Não sei o que aconteceu comigo,
não sei se foi dó ou saudade,
ou se foi os dois ao mesmo tempo.

Meu coração chorou,
mas não sei dizer o motivo,
mas uma coisa é certo,
não esquecerei aquele sorriso.

Sentado ao banco de uma parada de ônibus,
de perto eu mirava,
aqueles cabelos brancos e sandálias gastas,
e um tempo "perdido".

Mais perto chegava,
e mais nervoso me sentia,
com o chapéu velho na cabeça,
ele apenas sorria.

Eu querendo chegar,
mas com medo de perguntar,
apenas observava.

Seu rosto enrugado,
com o tempo passado,
e uma vida vivida.

Sonhos sonhados,
sonhos vividos,
sonhos perdidos e,
sonhos inalcançados.

Assim é o tempo,
que nunca envelhece,
nunca se fadiga.

Tudo isso,
ou quase nada,
observei naquele simples velhinho,
com um lindo sorriso,
uma vida sofrida.


Dedicado às pessoas que vivem nas paradas de ônibus, ou no metrô, vendendo seus caramelos e que muitas vezes, quase sempre, são expulsos pela polícia e excluídas pelo Estado.
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