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segunda-feira, 22 de setembro de 2014


Resumo: Peronismo y Liberación Nacional 1945 – 1955 – Noberto Galasso, 2003


“El movimiento debe ser como un avión que sólo logra mantener el equilíbrio y avanzar, gracias a las alas contrapuestas”(GALASSO, 2003, p.13)

créditos da foto www.andrespallaro.com
Dificilmente alguém conseguiria agradar todo mundo em sua totalidade, nem o mais querido e amado entre todos conseguiria tal êxito. A influência que um indivíduo consegue exercer sobre os demais é notadamente explícito nas atitudes e no poder que detém em suas mãos, seus atos e ações se configuram em um meio legal para obter um direito em juízo a favor de si, de um grupo de pessoas ou de uma nação. Com Juan Domingo Perón não foi diferente, se por um lado foi criticado por pensadores liberais-conservadores, por outro, foi julgado pela esquerda tradicional sob o preceito do fascismo ou do nazismo.

            Não muito diferente dos episódios que protagonizaram a formação dos governos na América Latina, na Argentina o governo de Perón, que durou nove anos, de 1945 a 1955, foi marcado pela derrocada no golpe militar. Para Galasso (2003, p. 2) a situação de dependência da Argentina haveria de contribuir para o “êxito” do governo Perón, segundo ele “... si se parte de esta correcta caracterización de la Argentina agroexportadora, por cierto que resulta claro que el peronismo es un frente nacional, que quiebra esa dependencia.

            Na tentativa de definir a fundamentação do governo Perón, alguns intelectuais tentaram decifrar sua natureza histórica, sua maneira de governar; com quem e para quem; será que se caracterizaria como um governo fascista ou como um governo socialista? Galasso afirma que não se caracteriza nem por um e nem por outro, pois:
El fascismo es la ditadura de la clase dominante de los países capitalistas sin colonias, apoyada en grandes sectores de la clase media y ex-trabajadores lanzados a la desocupación, cuyo objetivo es liquidar la izquierda y consolidar el viejo orden a través de una política expansionista. (GALASSO, 2003, p.3)

Nesse sentido, a classe dominante era totalmente contra o governo de Perón e vários setores da classe média apoiavam o imperialismo, este por sua vez, era o principal inimigo de seu governo.
… el peronismo se manifiesta, desde su nacimiento, como la expresión política de una confluencia de sectores nacionales, entendiendo por tales aquellos sectores de la sociedad argentina que, em mayor o menor medida, resultaban sofocados por el viejo régimen agroexportador que conformaba una economía complementaria del imperialismo Brítanico. (GALLASO, 2003, p. 3)

            Diante dessa situação, a Argentina necessitava encontrar uma solução para sair deste sistema que sufocava cada vez mais sua economia, e viram no peronismo a porta de entrada para a construção de um novo modelo de desenvolvimento econômico e social e acabar de vez com a dependência da economia Argentina. Se conformou então uma frente antiimperialista que levou a cabo a ruptura da dependência entre Argentinos e ingleses. A liberação nacional, citada pelo autor, consistiu em sucessivas medidas que retomaram instituições que estavam sobre domínio do capital privado inglês, como a nacionalização do Banco Central, este por sua vez tinha papel fundamental no controle do cambio, da taxa de juros e da circulação de moedas; nacionalização dos depósitos da banca privada que entregou ao Banco Central o controle do crédito; a criação do Instituto Argentino de Promoción del Intercambio (IAPI) que significa o controle estatal do comércio exterior, Galasso (2003, p. 5). Além desses feitos ainda houve a nacionalização de ferrovias e de empresas de transporte automotor, recuperação e controle dos portos.

            Podemos dizer então que diferentemente do que ocorreu nos países do centro, a economia argentina desenvolveu-se graças a um capitalismo de Estado caracterizando-se por uma acumulação de capital que não se baseou fundamentalmente na superexploração da força de trabalho, mas que partiu da transferência de ingressos do setor agrário para o setor industrial.
Por esta razón, el movimiento nacional acaudillado por Perón debe llevarr a delante un proceso de desarrollo nacional-burgués com apenas el apoyo de algunos sectores de la burguesía nacional (Miranda y Gelbard fueron sus principales exponentes) y  esta circunstância determina el outro rasgo tan singular del peronismo: él que sustituye a la burguesía nacional em la conducción de este proyecto, tiene a la clase trabajadora como uno de sus principales baluartes, lo cual necesariamente mediatiza profundamente el carácter burgués del proceso, es decir, reconoce a los Obreros un rol que no habrían tenido seguramente en um proceso nacional burgués acaudillado por la burguesía. (GALASSO, 2003, p. 7)


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